terça-feira, 26 de janeiro de 2010

O Blog do Professor Seán

6 comentários:

  1. ATIVIDADE 1 – EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS



    QUESTÃO 1 – Leia a história O menino que aprendeu a ver de Ruth Rocha. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=0nVRP-ErTB4 e responda:

     Qual a relação que podemos fazer entre esta história e a educação de jovens e adultos?

    A relação entre os dois, a história ‘O menino que aprendeu a ver’ e a Educação de Jovens e Adultos é baseada nos metodologias presentes que estão lá para o educador seguir, pois há inúmeras possibilidades de atividades pedagógicas a desenvolver, como: Rodas de leituras, visitas ao local biblioteca e cidade para explorar livros, nomes das ruas, placas, outdoors, além de utilizar-se da fotografia para atividades de letramento.
    No livro da Ruth Rocha. O menino que aprendeu a ver, a narrativa mostra como a criança pode, através de textos do seu cotidiano, ir construindo o seu conhecimento, e como, em nenhum momento a professora se vale desses suportes, ou seja... Pelo contrário, e um ensino desvinculado da realidade infantil, sob a concepção de que ensinar e imprimir algo, aos poucos, nos alunos, cujas mentes são como uma lousa em branco. Fica, portanto, através do texto, um convite a reflexão para o professor.
    A professora do Joãozinho, na obra ‘O menino que aprendeu a ver’, de Ruth Rocha também tem uma prática baseada em primeiro trabalhar as letras, fazendo uso da repetição “A professora dizia DDD [...] As crianças repetiram: DDD” (p. 16 da história). Apesar de João utilizar os recursos que o seu entorno lhe oferece para aprender a ler – as placas, os cartazes, os letreiros dos ônibus – na escola, em nenhum momento, isso é possível. Essa e mais uma professora de acordo com os dados que a abra oferece que concebe o conhecimento segundo os parâmetros do empirismo, conduzindo a aprendizagem das partes primeiro, para só depois adentrar o todo.



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  2.  Quais as semelhanças que podemos estabelecer entre esta história e as contribuições de Paulo Freire?

    Paulo Freire fez várias contribuições na área de alfabetização de adultos difundindo propostas para todo o país sobre os métodos de ensino. O mesmo permitiu recuperar certas dimensões do processo de alfabetização que não tinham sido focalizadas convenientemente. Em especial as dimensões sociais e a dimensão política do processo de alfabetização. É graças à difusão internacional do pensamento de Paulo Freire hoje em todos os fóruns internacionais é sabido que não é possível prescindir do pensamento latino-americano sobre a alfabetização.
    Paulo Freire elaborou uma proposta de alfabetização de adultos conscientizadora, cujo princípio básico pode ser traduzido numa frase sua que ficou célebre: “A leitura do mundo precede a leitura da palavra”. Paulo Freire partia sempre de uma consciência crítica da própria realidade a que estavam submetidos os adultos, pois se acreditava, com isso, ser possível entender o analfabetismo como resultado da pobreza e da marginalização, diferente da concepção anterior em que o analfabetismo ara encarado como fator gerador da miséria do país.
    Freire promoveu uma relação dialógica, na qual esteja entendido que o educando e o educador aprendem mutuamente. As semelhanças que podemos estabelecer entre esta história e as contribuições de Paulo Freire são relacionadas a aprendizagem da leitura, entendida como o questionamento a respeito da natureza. É além dos métodos, dos manuais dos recursos didáticos, existe um sujeito que busca de conhecimento igual o Joãozinho na história, que se propõe problemas e trata de solucioná-los seguindo sua própria metodologia. É só depois o estudo das etapas que o aluno sendo alfabetizado começa com o estudo das palavras geradoras apresentadas junto com os cartazes com imagens de situações existenciais concretas. Como na história ‘O menino que aprendeu a ver’ cada imagem era proposta uma situação cotidiana e depois a palavra escrita é analisado. Percebemos na história que o alfabetizador tem papel preponderante, pois conduz o educando uma atitude “problamatizadora”, para que ele seja capaz de direcionar a formação da sua autonomia intelectual para intervir na sua própria realidade.

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  3. QUESTÃO 2 – Muitos jovens e adultos ainda hoje “não aprenderam a ver”. O nosso país tem quase 13 milhões de analfabetos e este número encontra-se praticamente inalterado há três anos, pois neste período caiu apenas 1%.

    No começo do século XX (1930) foi criado o Ministério da Educação e Saúde em Brasil com a principal motivação a necessidade de ampliar a oferta de mão-de-obra qualificada que na época foi requerida pelo surto desenvolvimentista industrial. Com as iniciativas do Ministério o âmbito do ensino secundário e a criação de universidades aumentaram e aconteceram níveis encarregados da formação de trabalhadores.
    Com a promulgação da Constituição de 1934 foi disposta pela primeira vez que a educação seja direito de todos, mas não foi até 1847 depois de Segunda Guerra Mundial que a campanha de educação de Adultos foi desenvolvida com objetivo alfabetizar em três meses e condensar o curso primário em dois períodos de sete meses cada. Essa iniciativa durou até o final da década de 50 e foi levantado um debate em respeito do tema: A Educação de Jovens e Adultos ressaltando de uma perspectiva que as idéias e concepções preconceituosas sobre o tema dificultarem o entendimento da questão com um todo, na época era pensado que o adulto analfabeto era incapaz e marginal, podendo ser comparado psicologicamente a uma criança.
    Sabemos que agora em 2013 as crianças estão sendo alfabetizados diferentes, ou seja, os pensamentos educacionais em respeito à Educação de Jovens e Adultos antes de Paulo Freire e depois foram diferentes. Nós tempos pós Freire a prática pedagógica era embasada no apriorismo, que concebe o conhecimento como priori, minimizando o papel do meio. Os professores desenvolveram metodologias ainda embasadas em teorias da aprendizagem que desconsideram o aluno como sujeito capaz de construir o seu conhecimento em interação constante com objetos de leitura, próprios do universo infantil. Antes de Paulo Freire os pesquisadores foram bem intencionados, mas foi como surgimento de Paulo Freire e o movimento em prol da alfabetização e educação popular na década de 60 que influenciou o movimento chamado pedagogia crítica.






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  4. Explique a necessidade social da criação da EJA no Brasil e cite 2 fatos específicos que marcaram de modo significativo a EJA nas décadas de 1930 e 1970.

    QUESTÃO 3 – Leia a citação a seguir e destaque a importância da EJA para a reinserção e emancipação social de jovens e adultos brasileiros, considerando a influência das dimensões econômica, social, política e cultural relacionadas às exigências educativas da sociedade contemporânea.

    [...] O jovem brasileiro trava uma luta constante para se manter no sistema educacional. No entanto, a escola brasileira não se mostra adequada aos interesses desse jovem, de modo que ainda é muito grande o número de indivíduos que, por alguma razão, desistem da escola. (Retirado do Módulo de Aula EJA)

    A educação brasileira enfrenta dificuldades de toda ordem. Os jovens e adultos analfabetos provêm, em sua maioria, das camadas mais populares de sociedade e carentes em vários aspectos, são sujeitos excluídos econômica, social e politicamente do centro das decisões. Acontece que uma complexa rede de relações se faz visualizar na medida em que esses elementos não se dão isoladamente e as idéias preconceituosas sobre esta modalidade de ensino têm impacto negativo e a questão levantada reveste-se porque que essas pessoas estão fora dos extratos capturados pelas políticas públicas, em particular as de educação e por isso estão frequentemente submetidos a riscos sociais como violência e subemprego.
    Para construir práticas educativas capazes de transformar essa realidade foi necessário de acordo com Freire em Pedagogia da Autonomia (FREIRE, 1996, p.43) construir maneiras de “Ensinar exige saber escutar. Aceitar e respeitar a diferença são uma dessas virtudes, sem o que escuta não se pode dar”.



    Questão 4 - É comum vermos adaptações de qualidade questionável de métodos e técnicas de ensino e aprendizagem empregadas para crianças e adolescentes, sendo aplicadas integralmente para a Educação de Jovens e Adultos.






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  5. Assista ao vídeo intitulado O discurso do educador com os alunos da EJA disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-continuada/discurso-educador-alunos-eja-512102.shtml e estabeleça as diferenças existentes e necessárias entre a Pedagogia e a Andragogia.

    Depois de assistir o vídeo ‘O discurso do educador com os alunos da EJA’ eu me senti bem informado; o vídeo me comoveu porque eu já tenho experiência dando aula para a modalidade EJA e também trabalhei com o projeto Mais Educação e com alunos repetentes e tenho um respeito por a professora do vídeo porque concordei com tudo que ela teve para dizer.
    Em respeito do aluno jovem ou adulto de EJA sabemos que o mesmo geralmente frequentou uma escola quando era criança, mas era muito diferente de hoje. Quando o aluno não consegue desenvolver uma atividade como ele devido, ele começa pensar em desistir. Para isso não acontecer o professor de EJA deve interagir, dialogicamente, na sala de aula com esses alunos.
    A modalidade de ensino (EJA) apresenta demandas próprias. É impossível desenvolver programas de qualidade sem os recursos garantidos. Normalmente nas escolas os professores estão obrigados a improvisar o local para suas aulas, os materiais utilizados são escasso e há casos onde os professores são despreparados para explorar um discurso na práticas pedagógicas e na metodologia aplicada com os alunos. O professor precisa ter uma fundamentação tanto teórico como tanto prática para pode lidar na sala de aula.
    O professor de EJA deve levar em conta as experiências que os alunos trazem para dentro da sala de aula, pois o objetivo do trabalho do professor é a consciência do aluno. Ao mesmo tempo o professor necessita compreender que esses alunos são sujeitos trabalhadores que se relacionam precariamente com o mercado de trabalho e com a sociedade como um todo. O papel do professor é destacar a curiosidade, indigar a realidade, problematizar, ou seja, transformar os obstáculos em dados de reflexão para entender os processos educativos, que, como qualquer faceta do social, está relacionado com o espaço. É importante que o professor conheça que saberes e habilidades esses alunos desenvolvem em função do seu dia-a-dia com intenção ficar mais prparado para lidar com várias situações como: a especificidade socioeconomica do seu aluno, a baixa auto-estima que transcorrer das trajetórias de desuminação sofrido pelos alunos, a quastão geracional, a diversidade cultural, a diversidade étnico-racial, as diferenças perspectivas dos alunos em relação à escola, as quastões que estão apresentados incluindo os dilemas políticos e as didáticas apresentadas que difere da alfabetização regular.
    Há uma necessidade para cursos no campo de formação continuada para professores de EJA com discussão e construção dos projetos pedagógicas, envolvendo processos de motivação e de empoderamento de forma a incentivar a participação desses alunos na construção social de uma escola mais democrática e participativa e , assim, contribuir para um construção de uma sociedade mais justa, que permita que esse alunos, como cidadãos e trabalhadores que são, se sintam ativos e participativos para poder crescer cultural, social e economicamente.

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  6. Questão 5 – Após a leitura da AULA 07 - O BRASIL E O CENÁRIO GLOBAL DAS POLÍTICAS PÚBLICAS PARA EJA e da reportagem da Nova Escola intitulada EJA em segundo plano disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/politicas-publicas/modalidades/eja-plano-618045.shtml faça uma análise das políticas públicas de educação implementadas no Brasil, a saber: a descentralização, a municipalização e o Fundef, apontando os resultados para a EJA.

    Uma educação de qualidade é direito de todos, mas a garantia de educação de qualidade é uma condição sem a qual não será possível o exercício da cidadania tão pouco uma democracia. Desta forma, as políticas públicas de educação devem abranger toda a sociedade sem distinção de raça, sexo, idade ou classe social e é necessário para o desenvolvimento do país.
    Quando fala de verbas para oferecer boas aulas a quem quer estudar temos muitas controvérsias. A EJA passou por muitas mudanças, com importantes conquistas na legislação nos últimos 25 anos, mas essa modalidade de ensino (EJA) esta relegada ao segundo plano na agenda dos governantes e da própria sociedade e o resultado dessa falta de consenso são altos índices de evasão, ou seja, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios(PNAD) de 2007 42,7% dos 8 milhões de brasileiros que frequentaram classes de EJA até 2006 não concluíram nenhum segmento do curso.

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